284 – Não vamos romantizar o voluntariado

O voluntariado romântico de antigamente já passou, agora temos que olhar o voluntariado de uma forma mais “profissional”, coloquei entre aspas, pois o que chamo de profissional é sua estão e não sua forma, que deve continuar sendo altruísta e sem interesses financeiros, mas não sem interesse de “ganhar” algo. Muitas palavras polemicas para um mesmo texto e ainda estamos no segundo parágrafo.

Vou tentar trazer tudo isso de forma que não agrida ninguém, até porque não é minha intenção, e chamar a atenção para o tema e para a causa, esta sim é a verdadeira intenção.

Profissionalização, este palavrão, ainda em muitas OSCs, é visto como tabu, pois são pequenas, algumas informais, outras até formais, mas ainda com uma diretoria mais antiga e um estatuto mais engessado que dificulta trazer esta conversa para o cotidiano.  Mas mesmo pequenas podem ter uma gestão mais profissional, não implica necessariamente em mais despesas, mas sim mais empenho.

O voluntariado como parte de uma OSC, deve ser visto de forma estratégica, de forma que efetivamente possa contribuir com as diretrizes da organização e colaborar efetivamente com seu crescimento e desenvolvimento nos mais diversos setores.

O voluntariado desde que gerido e administrado de forma profissional pode ser uma grande ferramenta e aqui utilizo a palavra ferramenta, não para colocá-lo como objeto, mas sim como ferramenta de inteligência, como a IA (inteligência artificial) neste caso nada artificial, presencial, sentimental e principalmente humana.

O romantismo deve ser colocado de lado para extrairmos o melhor das pessoas e lembrá-las que nós, organizações sociais do mundo, estamos oferecendo uma grande oportunidade a elas, de se tornarem pessoas melhores e mais conscientes do seu papel na sociedade e ainda de quebra poderem adquirir novas habilidades para sua vida pessoal e profissional.

Que venha o voluntariado melhor a cada dia para todos, pois afinal esta sim é uma relação ganha x ganha x ganha (as OSCs (pessoas) ganham, os voluntários (pessoas) ganham e os atendidos (pessoas) ganham). Perceberam como nós, pessoas, somos o centro da história?

Vamos ser pessoas melhores? Quem quiser põe o dedo aqui …

Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), Consultor especialista em voluntariado, ESG e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, CEO da empresa de consultoria R. R. Desenvolvimento e Transformação Humana LTDA e do VOL, porta voz pela ONU, Associado da VRS Consult da Guatemala, prof. de Voluntariado da PADLA University- México e Único Brasileiro Consultor acreditado internacionalmente por Empresability . @roberto.ravagnani